A escarlatina é uma infecção causada pela bactéria Estreptococcus beta hemolítico do grupo A, transmitida por contato direto com saliva, secreções nasofarígeas ou pelo contato com objetos contaminados. Muito contagiosa, é mais frequente em crianças e adolescentes de 5 até 18 anos¹. Esta é uma doença que ficou um tempo desaparecida, porém um surto em 2014, no Reino Unido e China, voltou a chamar a atenção dos médicos².

Sintomas

Os principais sintomas são a febre alta, acompanhada de dores de cabeça, vômito e dor de garganta, com ou sem pus. Após isso, aparecem manifestações na língua. Primeiro, surge uma camada branca recobrindo a língua que descama após um ou dois dias, ficando bem avermelhada. Com a evolução da doença, aparecem erupções cutâneas pelo corpo todo, com posterior descamação, que se torna mais intensa nas mãos e nos pés³. O diagnóstico é clínico, mas alguns exames podem ser solicitados, dentre eles, os exames de sangue e da garganta para confirmar a presença da bactéria¹.

Tratamento

Embora possa causar muito desconforto e ser extremamente contagiosa, a escarlatina normalmente não é uma infecção grave e pode ser facilmente tratada com antibióticos como penicilina ou amoxicilina. Mas se não tratada, a doença pode evoluir para casos graves como a pneumonia, e até a febre reumática, que pode trazer danos ao coração. O tratamento dura entre 7 a 10 dias, mas depois de 2 ou 3 os sintomas começam a desaparecer ou aliviar.

Prevenção

Como não existe vacina para esta doença, a melhor forma para preveni-la é não ter contato com o paciente doente, mesmo os assintomáticos. Não dividir alimentos, escova de dentes ou objetos de uso pessoal. Além disso, e principalmente nos meses mais frios, evitar aglomerações e ambientes fechados¹. 

Fontes: 1. Escarlatina. Boletim Epidemiológico Paulista. Último acesso em 1 de setembro de 2021. 2. O misterioso retorno da escarlatina, doença antiga que tem desafiado médicos modernos. BBC News Brasil. Último acesso em 1 de setembro de 2021. 3. Diagnóstico diferencial entre dermatoses e alergia. Abordagem prática. Departamento Científico de Alergia e Imunologia – SBP. Último acesso em 1 de setembro de 2021.