E saiba como se proteger dessas notícias falsas.
O Brasil é o terceiro país com mais exposição as chamadas notícias falsas no mundo, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Reuters Institute Digital News Report de 2018¹. E essa situação fica ainda mais preocupante quando falamos de notícias falsas sobre saúde. São informações sem embasamento científico que prometem curas milagrosas e afirmações falsas sobre causas de doenças. Por isso, reunimos aqui algumas fake news sobre o assunto e dicas para não ser enganado e compartilhar informações erradas:
“Câncer é deficiência de vitamina B17”: Primeiro que não existe a vitamina B17 (o complexo B inclui B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9 e B12). As vitaminas do complexo B são encontradas em vários tipos de alimentos, então, apenas em situações excepcionais é que o médico indica sua suplementação².
“Dipirona importado da Venezuela com vírus”: Amplamente divulgado por texto, imagem e áudio em 2019, essa informação já foi desmentida pela Anvisa, reforçando os altos critérios de análise e validação pelos quais passam todos os medicamentos³.
“Vacina causa autismo”: Esta talvez seja uma das mais antigas informações falsas e por muitas vezes desmentido por pesquisas científicas⁴.
“Bactérias existentes no feijão”: A mensagem falsa diz que uma superbactéria está presente no feijão e que a pessoa precisa deixá-la de molho por 15 minutos no vinagre⁵.
“Usar álcool em gel na prevenção do coronavírus não adianta”: Mais uma informação falsa e perigosa, divulgada durante a pandemia da Covid-19. Conforme estudos científicos atuais, assim como a higienização das mãos, com água e sabão, o uso de álcool em gel ou líquido ajuda a prevenir contra o coronavírus⁶.
Se você recebeu uma informação pelas redes sociais ou aplicativos de mensagens e está em dúvida sobre sua veracidade, veja abaixo algumas dicas para avaliar antes de compartilhá-la⁷:
- Veja se a fonte, o site e o autor do conteúdo são confiáveis e fique atento, pois sites que publicam fake news têm nomes semelhantes a endereços de sites de notícias de credibilidade.
- Avalie a estrutura do texto, se contêm erros de português, muitas letras em caixa alta e uso exagerado de pontuação.
- Preste atenção na data da publicação.
- Leia a notícia até o fim e não apenas o título e o subtítulo.
- Pesquise se a mesma informação saiu em outros sites conhecidos.
- Veja se não se trata de site de piadas.
Fontes:
1- Digital News Report 2018 - Reuters Institute for the Study of Journalism. Disponível em: http://media.digitalnewsreport.org/wp-content/uploads/2018/06/digital-news-report-2018.pdf. Último acesso em 14 de dezembro de 2020.
2- Notícias falsas podem prejudicar diagnóstico e tratamento do câncer. Instituto Nacional do Câncer. Disponível em: https://www.inca.gov.br/en/node/3108. Último acesso em 14 de dezembro de 2020.
3- 1 ano Saúde Sem Fake News. Ministério da Saúde Brasil. Disponível em: https://antigo.saude.gov.br/fakenews/44186-novo-dipirona-importado-da-venezuela-contem-virus-fake-news. Último acesso em 14 de dezembro de 2020.
4- Especialistas falam sobre o impacto das notícias falsas nas coberturas vacinais do país. Ministério da Saúde Brasil. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/especialistas-falam-sobre-o-impacto-das-noticias-falsas-nas-coberturas-vacinais-do-pais. Último acesso em 14 de dezembro de 2020.
5- Boato sobre superbactéria no feijão é falso - Bio-Manguinhos/Fiocruz 2019. Disponível em: https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/1253-boato-sobre-superbacteria-no-feijao-e-falso. Último acesso em 14 de dezembro de 2020.
6- 1 ano Saúde Sem Fake News - Ministério da Saúde Brasil. Disponível em: https://antigo.saude.gov.br/fakenews/46463-alcool-em-gel-e-a-mesma-coisa-que-nada-e-fake-news. Último acesso em 14 de dezembro de 2020.
7- 8 passos para identificar Fake News – Ministério da Saúde Brasil. Disponível em: http://www.blog.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=53504&catid=578&Itemid=50221. Último acesso em 14 de dezembro de 2020.